terça-feira, 25 de agosto de 2009

“A ciência incha, mas o amor edifica.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS
CORÍNTIOS, capítulo 8, versículo 1.)

A ciência pode estar cheia de poder, mas só o amor beneficia. A ciência,
em todas as épocas, conseguiu inúmeras expressões evolutivas. Vemo-la no
mundo, exibindo realizações que pareciam quase inatingíveis. Máquinas
enormes cruzam os ares e o fundo dos oceanos. A palavra é transmitida, sem
fios, a longas distâncias. A imprensa difunde raciocínios mundiais. Mas, para
essa mesma ciência pouco importa que o homem lhe use os frutos para o bem
ou para o mal. Não compreende o desinteresse, nem as finalidades santas.
O amor, porém, aproxima-se de seus labores e retifica-os, conferindo-lhe a
consciência do bem. Ensina que cada máquina deve servir como utilidade
divina, no caminho dos homens para Deus, que somente se deveria transmitir a
palavra edificante como dádiva do Altíssimo, que apenas seria justa a publicação
dos raciocínios elevados para o esforço redentor das criaturas.
Se a ciência descobre explosivos, esclarece o amor quanto à utilização
deles na abertura de estradas que liguem os povos; se a primeira confecciona
um livro, ensina o segundo como gravar a verdade consoladora. A ciência pode
concretizar muitas obras úteis, mas só o amor institui as obras mais altas. Não
duvidamos de que a primeira, bem interpretada, possa dotar o homem de um
coração corajoso; entretanto, somente o segundo pode dar um coração
iluminado.
O mundo permanece em obscuridade e sofrimento, porque a ciência foi
assalariada pelo ódio, que aniquila e perverte, e só alcançará o porto de
segurança quando se render plenamente ao amor de Jesus-Cristo.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo espírito Emmanuel. FEB.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Respostas à Pressa


Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.

*

Guarde a calma. Fuja, porém, à ociosidade, como quem reconhece o decisivo valor do minuto.

*

Semeie o amor. Pense no devotamento dAquele que nos ama desde o princípio.

*

Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.

*

Cultive a confiança. O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será diferente.

*

Intensifique o próprio esforço. Sua vida será o que você fizer dela.

*

Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você,

*

Experimente a solidão, de quando em quando; Jesus esteve sozinho, nos momentos cruciais de sua passagem pela Terra.

*

Dê movimento construtivo, às suas horas. Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.

*

Renda culto fiel à paz. Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranqüilo sem dar paz aos que pisam seu caminho.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Lei de Amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)


Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Não te Canses


"Não nos desanimemos de fazer o bem,
pois, a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos" . - Paulo (Gálatas, 6:9).

Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.

A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o vôo feliz.

O ferro rubro, colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera.

A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio.

Não te canses de fazer o bem.

Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço.

Jamais te desesperes, e auxilia sempre.

A perseverança é a base da vitória.

Não olvides que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança sem nunca desfaleceres.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 22 edição. Lição 124. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

DECISÃO DE SER FELIZ

Empenha-te ao máximo para tornar tua vida agradável a ti mesmo e aos outros.

É importante que, tudo quanto faças, apresente um significado positivo, motivador de novos estímulos para o prosseguimento da tua existência, que se deve caracterizar por experiências enriquecedoras.

Se as pessoas que te cercam não concordarem com a tua opção de ser feliz, não te descoroçoes, e, sem qualquer agressão, continua gerando bem-estar.

És a única pessoa com quem contarás para estar contigo, desde o berço até o túmulo, e depois d’Ele, como resultado dos teus atos...

Gerar simpatia, produzindo estímulos otimistas para ti mesmo, representa um crescimento emocional significativo, a maturidade psicológica em pleno desabrochar.

É relevante que o teu comportamento produza um intercâmbio agradável, caricioso, com as demais pessoas. No entanto, se não te comprazer, transformar-se-á em tormento, induzindo-te a atitudes perturbadoras, desonestas.

Tuas mudanças e atitudes afetam aqueles com os quais convives. É natural, portanto, que te plenificando, brindem-te com mais recursos para a geração de alegrias em volta de ti.



Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta — alcançar o que haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.

Buda renunciou a todo conforto principesco para atingir a iluminação.

Maomé sofreu perseguições e permaneceu indômito até lograr sua meta.

Gandhi foi preso inúmeras vezes, sem reagir, fiel aos planos da não-violência e da liberdade para o seu povo.

E Jesus preferiu a cruz infamante à mudança de comportamento fixado no amor.

Todos quantos anelam pela integração com a Consciência Cósmica geram simpatia e animosidade no mundo, estando sempre a braços com os sentimentos desencontrados dos outros, porém fiéis a si mesmos, com quem sempre contam, tanto quanto, naturalmente, com Deus.



Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem-estar, não se está eximindo ao sofrimento, às lutas, às dificuldades que aparecem. Pelo contrário, eles sempre surgem como desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo nem alterar o prazer que experimenta na preservação do comportamento elegido. Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.

Quem, na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de tratamento adequado.



A vida é bênção, e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.

Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.

FRANCO, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Saúde. Ditado pelo Espírito Joanna De Angelis.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bem e Mal Sofrer


Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. - Lacordaire. (Havre, 1863.)


Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Na Intimidade do Ser


"Vós, pois, como eleitos de Deus,
santos e amados, revesti-vos de
entranhas de misericórdia, de benignidade,
humildade, mansidão, longanimidade." - Paulo.
(COLOSSENSES, 3:12.)

Indubitavelmente, não basta apreciar os sentimentos sublimes que o Cristianismo inspira.
É indispensável revestirmo-nos deles.
O apóstolo não se refere a raciocínios.
Fala de profundidades.
O problema não é de pura cerebração.
É de intimidade do ser.
Alguém que possua roteiro certo do caminho a seguir, entre multidões que o desconhecem, é naturalmente eleito para administrar a orientação.
Detendo tão copiosa bagagem de conhecimentos, acerca da eternidade, o cristão legítimo é pessoa indicada a proteger os interesses espirituais de seus irmãos na jornada evolutiva; no entanto, é preciso encarecer o testemunho, que não se limita à fraseologia brilhante.
Imprescindível é que estejamos revestidos de "entranhas de misericórdia" para enfrentarmos, com êxito, os perigos crescentes do caminho.
O mal, para ceder terreno, compreende apenas a linguagem do verdadeiro bem; o orgulho, a fim de renunciar aos seus propósitos infelizes, não entende senão a humildade. Sem espírito fraternal, é impossível quebrar o escuro estilete do egoísmo. É necessário dilatar sempre as reservas de sentimento superior, de modo a avançarmos, vitoriosamente, na senda da ascensão.
Os espiritistas sinceros encontrarão luminoso estímulo nas palavras de Paulo. Alguns companheiros por certo observarão em nossa lembrança mero problema de fé religiosa, segundo o seu modo de entender; todavia, entre fazer psiquismo por alguns dias e solucionar questões para a vida eterna, há sempre considerável diferença.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Lição 89. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Lenda do Dinheiro


Conta-se que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvimento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso.

Ninguém se animava a trabalhar. Terra solta amontoava-se aqui e ali. Minerais variados estendiam-se ao léu. Águas estagnadas apareciam em toda parte.

O Divino Organizador pretendia erguer lares e templos, educandários e abrigos diversos, mas... com que braços?

Os homens e as mulheres da Terra, convidados ao suor da edificação por amor, respondiam: - "para quê ?" E comiam frutos silvestres, perseguiam animais para devorá-los e dormiam sob as grandes árvores.

Após refletir muito, o Celeste Governador criou o dinheiro, adivinhando que as criaturas, presas da ignorância, se não sabiam agir por amor, operariam por ambição.

E assim aconteceu.

Tão logo surgiu o dinheiro, a comunidade fragmentou-se em pequenas e grandes facções, incentivando- se a produção de benefícios gerais e de valores imaginativos.

Apareceram candidatos a toda espécie de serviços.

O primeiro deles pediu ao Senhor permissão para fundar uma grande olaria. Outro requeveu meios de pesquisar os minérios pesados, de maneira a transformá-los em utensílios. Certo trabalhador suplicou recursos para aproveitamento de grandes áreas na exploração de cereais. Outro, ainda, implorou empréstimo para produzir fios, de modo a colaborar no aperfeiçoamento do vestuário.

Servidores de várias procedências vieram e solicitaram auxílio financeiro destinado à criação de remédios.

O Senhor a todos atendeu com alegria.

Em breve, olarias e lavouras, teares rústicos e oficinas rudimentares se improvisaram aqui e acolá, desenvolvendo progresso amplo na inteligência e nas coisas.

Os homens, ansiosamente procurando o dinheiro, a fim de se tornarem mais destacados e poderosos entre si, tràbalhavam sem descanso, produzindo tijolos, instrumentos agrícolas, máquinas, fios, óleos, alimento abundante, agasalho, calçados e inúmeras invenções de conforto, e, assim, a terra menos proveitosa foi removida, as pedras aproveitadas e os rios canalizados convenientemente para a irrigação; os frutos foram guardados em conserva preciosa; estradas foram traçadas de norte a sul, de leste a oeste e as águas receberam as primeiras embarcações.

Toda gente perseguia o dinheiro e guerreava pela posse dele.

Vendo, então, o Senhor que os homens produziam vantagens e prosperidade, no anseio de posse, considerou, satisfeito:

- Meus filhos da Terra não puderam servir por amor, em vista da deficiência que, por enquanto, lhes assinala a posição; todavia, o dinheiro estabelera benéficas competições entre eles, em benefício da obra geral. Reterão provisoriamente os recursos que me pertencem e, com a sensação da propriedade, improvisarão todos os produtos e materiais de que o aprimoramento do mundo necessita. Esta é a minha Lei de Empréstimo que permanecerá assentada no Céu. Cederei possibilidades a quantos mo pedirem, de acordo com as exigências do aproveitamento comum; todavia, cada beneficiário apresentar-me-á contas do que houver despendido, porque a Morte conduzi-los-á , um a um, à minha presença. Este decreto divino funcionará para cada pessoa, em particular, até que meus filhos, individualmente, aprendam a servir por amor à felicidade geral, livres do grilhão que a posse institui.

Desde então, a maioria das criaturas passou a trabalhar por dedicação ao dinheiro, que é de propriedade exclusiva do Senhor, da aplicação do qual cada homem e cada mulher prestarão contas a Ele mais tarde.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. Capítulo 31. FEB.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pode Acreditar


Falará você na bondade a todo instante, mas, se não for bom, isso será inútil para a sua felicidade.


*

Sua mão escreverá belas páginas, atendendo a inspiração superior; no entanto, se você não estampar a beleza delas em seu espírito, não passará de estafeta sem inteligência.

*

Lerá maravilhosos livros, com emoção e lágrimas; todavia, se não aplicar o que você leu, será tão-somente um péssimo registrador.

*

Cultivará convicções sinceras, em matéria de fé; entretanto, se essas convicções não servirem à sua renovação para o bem, sua mente estará resumida a um cabide de máximas religiosas.

*

Sua capacidade de orientar disciplinará muita gente, melhorando personalidades; contudo, se você não se disciplinar, a Lei o defrontará com o mesmo rigor com que ela se utiliza de você para aprimorar os outros.

*

Você conhecerá perfeitamente as lições para o caminho e passará, ante os olhos mortais do mundo, à galeria dos heróis e dos santos; mas, se não praticar os bons ensinamentos que conhece, perante as Leis Divinas recomeçará sempre o seu trabalho e cada vez mais dificilmente.

*

Você chamará a Jesus: Mestre e Senhor...; se não quiser, porém, aprender a servir com Ele, suas palavras soarão sem qualquer sentido.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. 3 edição. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB.


* * * Estude Kardec * * *

quarta-feira, 20 de maio de 2009

AMOR

O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas.
Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza. É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.
Surge, sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à glória da imensidade, quanto nas flores anônimas esquecidas no campo.
Nele fulgura, generosa, a alma de todas as grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo o impulso de solidariedade entre os homens.
Plasma divino com que Deus envolve tudo o que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo.
Vemo-lo, assim, como silenciosa esperança do Céu, aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências.
Mercê de semelhante bençâo, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra.
O verme é amado pelo Senhor, que lhe concede milhares e milhares de séculos para levantar-se da viscosidade do abismo, tanto quanto o anjo que O representa junto do verme. A seiva que nutre a rosa é a mesma que alimenta o espinho dilacerante. Na árvore em que se aninha o pássaro indefeso, pode acolher-se a serpente com as suas armas de morte. No espaço de uma penitenciária, respira, com a mesma segurança, o criminoso que lhe padece as grades de sofrimento e o correto administrador que lhe garante a ordem.
O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência, de acordo com as suas próprias obras.
E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é a Sua Regra Imutável.
Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda a parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração.
Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele à Terra para clarear-nos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer idéia de recompensa.
Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo, de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-Lhe a vontade sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível: - "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pensamento e Vida. Ditado pelo espírito Emmanuel. FEB, 2005.

sábado, 16 de maio de 2009

Além da Morte


O reino da vida, além da morte, não é domicílio do milagre. Passa o corpo, em trânsito pra a natureza inferior que lhe atrai os componentes, entretanto, a alma continua na posição evolutiva em que se encontra.

Cada inteligência apenas consegue alcançar a periferia do círculo de valores e imagens dos quais se faz o centro gerador.

Ninguém pode viver em situação que ainda não concebe.

Dentro da nossa capacidade de autoprojeção, erguem-se os nossos limites.

Em suma, cada ser apenas atinge a vida, até onde possa chegar a onda do pensamento que lhe é próprio.

A mente primitivista de um mono, transposto o limiar da morte, continua presa aos interesses da furna que lhe consolidou os hábitos instintivos.

O índio desencarnado dificilmente ultrapassa o âmbito da floresta que lhe acariciou a existência.

Assim também, na vastíssima fauna social das nações, cada criatura dita civilizada, além do sepulcro, circunscreve- se ao círculo das concepções que, mentalmente, pode abranger.

A residência da alma permanece situada no manancial de seu próprios pensamentos.

Estamos naturalmente ligados às nossas criações.

Demoramo-nos onde supomos o centro de nossos interesses.

Facilmente explicável, assim, a continuidade dos nossos hábitos e tendências, além da morte.

A escravidão ou a liberdade residem no imo de nosso próprio ser.

Corre a fonte, sob a emanação de vapores da sua própria corrente.

Vive a árvore rodeada pelos fluidos sutis que ela mesma exterioriza, através das folhas e das resinas que lhe pendem dos galhos e do tronco.

Permanece o charco debaixo da atmosfera pestilencial que ele mesmo alimenta, e brilha o jardim, sob as vagas do perfume que produz.

Assim também a Terra, com o seu corpo ciclópico, arrasta consigo, na infinita paisagem cósmica, o ambiente espiritual de seus filhos.

Atravessado o grande umbral do túmulo, o homem deseducado prossegue reclamando aprimoramento.

A criatura viciada continua exigindo satisfação aos apetites baixos.

O cérebro desvairado, entre indagações descabidas, não foge, de imediato, ao poço de obscuridades em que se submergiu.

E a alma de boa-vontade encontra mil recursos para adiantar-se na senda evolutiva, amparando o próximo e descobrindo na felicidade dos outros a própria felicidade.

Em razão das leis que nos governam a vida, nem sempre o mensageiro que regressa do país da morte procede de planos superiores e nem a mediunidade será sinônimo de sublimação.

Determinadas inteligências desencarnadas se comunicam com determinados instrumentos mediúnicos.

Os habitantes de outras esferas buscam no mundo aqueles com os quais simpatizam e a mente encarnada aceita a visita das entidades com as quais se afina.

A necessidade do Evangelho, portanto, como estatuto de edificação moral dos fenômenos espíritas, é impositivo inadiável. Com a Boa Nova, no mundo abençoado e fértil da nossa Doutrina de luz e amor, possuímos a estrada rela para a nossa romagem de elevação.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Roteiro. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Enquanto...


Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.

*

Acenda sua lâmpada, enquanto há claridade em torno de seus passos. Viajor algum fugirá às surpresas da noite.

*

Ajude o próximo, enquanto as possibilidades permanecem de seu lado. Chegará o momento em que você não prescindirá do auxílio dele.

*

Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado.

*

Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação.

*

Acerte suas contas com o vizinho, enquanto a hora é favorável. Amanhã, todos os quadros podem surgir transformados.

*

Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta. Mas, enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores para a vida espiritual, aumente os seus valores próprios e organize tesouros da alma, convicto de que sua viagem para outro gênero de existência é inevitável.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

sábado, 9 de maio de 2009

O ESPELHO DA VIDA

A mente é o espelho da vida em toda parte.
Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da luz.
Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.
Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.
Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.
Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão.
O reflexo esboça a emotividade.
A emotividade plasma a idéia.
A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.
Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas libertadoras da existência.
Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.
Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante.
Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso.
O reflexo mental mora no alicerce da vida.
Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na Criação que reflete os objetivos do Criador.
Da obra: Pensamento e Vida. Ditado pelo espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. - 15.ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2005.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sempre Melhor


Não se diga pior em momento algum.

Se você já consegue escutar com paciência nas horas difíceis...

Se pode silenciar a própria irritação nas horas difíceis...

Se tem ânimo para sofrer sem lamentação...

Se já suporta os problemas da própria casa, procurando solucioná-los sem azedume e sem queixa...

Se tem força para calar esse ou aquele assunto infeliz...

Se respeita a liberdade dos outros...

Se agüenta a visita da enfermidade sem alarmar o ambiente onde se encontre...

Se desculpa ofensas reconhecendo que somos também capazes de ofender...

Procura o trabalho com alegria...

Se confia em Deus e espera por Deus, sem desesperar, sejam quais sejam as circunstâncias da vida...

Então, você já terá melhorado muito e prosseguirá sempre melhor.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Respostas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. Capítulo 38. IDEAL.

terça-feira, 5 de maio de 2009

CRÍTICA E NÓS


Diante da tarefa que se te reserva, no levantamento do bem comum, é justo respeitar o que os outros dizem, no campo da crítica; entretanto, é forçoso não paralisar o serviço e nem prejudicar o serviço em virtude daquilo que os outros possam dizer.
Guardar a consciência tranquila é seguir adiante.
Escapam da crítica exclusivamente as obras que nunca saem de plano, à maneira da música que não atrai a atenção de ninguém, quando não se retira da pauta.
Viver a própria tarefa é realizá-la; e realizá-la é sofrê-la em si.
Censores e adversários, expectadores e simpatizantes podem efetivamente auxiliar e auxiliam sempre, indicando-nos os pontos vulneráveis e aspectos imprevistos da construção sob nossa responsabilidade, através das opiniões que emitem; no entanto, é preciso não esquecer que se encontram vinculados a compromissos de outra espécie.
Encargo que nos pertença respira conosco e se nos erige no caminho em alegria, aflição, apoio e vida. Cabe a nós conduzi-lo, executá-lo, aperfeiçoá-lo, revivescê-lo.
Muitos querem que sejamos desse modo; que nos comportemos daquela maneira; que assumamos diretrizes diversas daquelas em que persistimos, ou que vejamos a estrada pelos olhos que os servem; todavia, é imperioso considerar que cada um de nós é um mundo por si, com movimentos particulares e órbitas diferentes.
Sustentemo-nos fiéis ao nosso trabalho e rendamos culto à paz de consciência, atendendo aos deveres que as circunstâncias nos conferiram, e, oferecendo o melhor de nós mesmos, em proveito do próximo, estejamos tranquilos, porque, tanto nós quanto os outros, somos o que somos com a obrigação de melhorar-nos, a fim de que cada um possa servir sempre mais, na edificação da felicidade de todos, com aquilo que é e com aquilo que tem.
Emmanuel
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Coragem. Ditada por espíritos diversos. - 33ª ed. - Uberaba, MG. Comunhão Espírita Cristã, 2004.

Incompreensão e Fidelidade


A consideração que desfrutavas, sübitamente desapareceu e passaste a engrossar as fileiras dos que padecem difamações, entre doestos sibilinos e acusações impiedosas.

As palavras bordadas de melodias que cantavam aos teus ouvidos, agora chegam agressivas, arrasadoras, como trovoada que prenuncia tempestade imediata.

Os sorrisos murcharam em muitos lábios, hoje contraídos em ríctus de amargura, quando não de cólera prestes a explodir em fúria destrutiva.

As afeições que insinuavam segurança e as amizades que produziam ruido, sem que possas explicar, se converteram em sombrias ameaças como tiranos soezes, que não ocultam os sentimentos acalentados interiormente.

As mãos da fraternidade sempre distendidas a fim de envolver-te, recolheram-se e cederam lugar a tenazes que poderiam dilacerar-te com inusitada crueza.

A alfândega da cordialidade que trazia as portas abertas para os tesouros da tua alegria, jaz cerrada, e fiscais impenitentes conferem as suas bagagens, comprazendo- se em afligir-te demasiadamente, através de referências odientas quão inconcebíveis.

Estranha amargura domina as ambições e os sonhos do teu espírito, enquanto sombras densas comandam os teus painéis mentais.

Não estranhes o cometimento necessário de dor e o suplemento de agonia que te chegam. Constituem indispensável processo de burilamento que não podes postergar.

Facilidade é sinônimo de amolentamento do caráter.

Cicatriz é ônus que a ferida exige ao organismo para liberá-lo.

Teste, avaliação de fôrça e capacidade são medidas aplicáveis para verificação de aprendizagem.

*

Em nenhum momento Jesus prometeu a Terra dos homens aos seguidores da Boa Nova.

Tôdas as suas doações se referem ao Reino dos Céus, que ora está sendo levantado entre as criaturas, tendo em vista que as suas fundações só a pouco e pouco penetram na rocha dura das almas.

Disse Êle que o "caminho é apertado" e "a porta estreita", reservando àqueles que lhe fôssem fiéis o mesmo cálice que sorveu.

Não é, portanto, estranhável, desde que O sigas em regime de fidelidade, que te sintas deslocado, expulso da roda da comodidade pelos salteadores da paz alheia, cultivadores da insensatez, usurpadores dos bens de todos.

Renteando com êles, enquanto não te conheciam e criam na possibilidade de subornar-te a alma sensível, para envileceres a mensagem de que te fazes portador, por coerência, mensageiro do Senhor, utilizavam-se de oferenda mentirosa das aparências para conquistar-te.

Constatando, porém, que o Evangelho é luz, e o Senhor é Rei, ante a impossibilidade de os destruírem, planejam destroçar-te, silenciando- te o verbo, ferindo-te até as entranhas, calcinando tuas horas ou amordaçando-te.

Pigmeus não enfrentam gigantes. Traem-nos ou aliciam outras fôrças para engendrarem o combate, no qual seriam esmagados, não fOssem utilizadas a astúcia e a intriga, que pensam dominar as cidadelas da força nobre por dentro, Invencíveis, todavia, na sua nobre estrutura.

Liga-te, mais, portanto, ao Senhor.

Passaram os enganosos favores que supunhas receber. Também passarão as débeis perseguições que ora experimentas

Içando o Espírito ao Amigo Divino, dar-te-á Êle desconhecida coragem e ignorada resistência, revestindo-te de dúlcida alegria, enquanto perseveres no cumprimento do dever reto, no qual avanças na direção das estrêlas.

Se sentires, nessa luta, o cêrco de outras fôrças conjugadas àquelas que pertencem aos teus antigos amigos, hoje transformados em irmãos atormentados, recorda dos Espíritos Infelizes, que se rebolcam além do túmulo em desespero e rebeldia, comprazendo- se em os afligir e os azucrinar - como fuga para a própria desdita -, envolvendo-os na luz da oração, de modo a ajudá-los, conquanto não te compreendam o gesto fraternal nem creiam na honestidade dêle, entregando-os todos ao Excelso Benfeitor em regime de totalidade, a fim de permaneceres em paz.

*

"Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa". Mateus:´capítulo 5º, versículo 11.

*

"Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobre ponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespêro, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte". Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 5º - Item 18 parágrafo 2.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Florações Evangélicas. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 22. Salvador, BA: LEAL.

* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 4 de maio de 2009

CULTIVANDO A PACIÊNCIA


Cultivando a paciência:
se você foi vítima de preterição em serviço, reconhecerá que isso aconteceu, em favor da sua elevação de nível;
se perdeu o emprego, ante a perseguição de alguém que lhe cobiçou o lugar, creia que alcançará outro muito melhor;
se um companheiro lhe atravessou o caminho, atrapalhando-lhe um negócio, transações mais lucrativas aparecerão, amanhã, em seu benefício;
se determinada criatura lhe tomou a residência, manejando processos inconfessáveis, em futuro próximo, terá você moradia muito mais confortável;
se um amigo lhe prejudica os interesses, subtraindo-lhe oportunidades de progresso e ajustamento econômico, guarde a certeza de que outras portas se lhe descerrarão mais amplas aos anseios de paz e prosperidade;
se pessoas queridas lhe menosprezam a confiança, outras afeições muito mais sólidas e mais estimáveis surgirão a caminho, garantindo-lhe a segurança e a felicidade.
Mas nunca pretiras, não persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém, porque sofrer é muito diferente de fazer sofrer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contrai.
Albino Teixeira
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Coragem. Ditada por espíritos diversos. - 33ª ed. - Uberaba, MG. Comunhão Espírita Cristã, 2004.

domingo, 3 de maio de 2009

Com Amor


"E, sobre tudo isto, revesti-vos
de caridade, que é o vinculo da
perfeição."
- Paulo. (COLOSSENSES, 3:14.)

Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo.

Nenhum dispensará as armaduras da fé, a fim de marchar com desassombro sob tempestades.

O caminho de resgate e elevação permanece cheio de espinhos.

O trabalho constituir-se-á de lutas, de sofrimentos, de sacrifícios, de suor, de testemunhos.

Toda a preparação é necessária, no capitulo da resistência; entretanto, sobre tudo isto é indispensável revestir-se nossa alma de caridade, que é amor sublime.

A nobreza de caráter, a confiança, a benevolência, a fé, a ciência, a penetração, os dons e as possibilidades são fios preciosos, mas o amor é o tear divino que os entrelaçará, tecendo a túnica da perfeição espiritual.

A disciplina e a educação, a escola e a cultura, o esforço e a obra, são flores e frutos na árvore da vida, todavia, o amor é a raiz eterna.

Mas, como amaremos no serviço diário?

Renovemo-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos semelhantes.

Auxiliemos em silêncio, entendendo a situação de cada um, temperando a bondade com a energia, e a fraternidade com a justiça.

Ouçamos a sugestão do amor, a cada passo, na senda evolutiva.

Quem ama, compreende; e quem compreende, trabalha pelo mundo melhor.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Lição 5. Edição Internet baseada na 14a edição (Download do livro em http://www.febnet.org.br). Rio de Janeiro, RJ: FEB.